sábado, 23 de abril de 2011

M - 354 A MEMÓRIA DOS POVOS, A SOLIDARIEDADE E/OU A FALTA DELA...

Quando Portugal AJUDOU a Finlândia.



O Diário de Notícias publicou a 21 de Abril de 1940 um "bem haja" da Finlândia aos portugueses.
Enviada pelo representante em Lisboa desse país nórdico,a nota diplomática agradece a Portugal a ajuda,tanto em víveres,como em agasalhos,durante a guerra russo-finlandesa do Inverno de 1940-1941."nunca poderá o povo finlandës esquecer a nobreza de tal atitude",podia ler-se no pequeno texto publicado no jornal há mais de 70 anos.
 A solidariedade com a Finlândia pode explicar-se pela aversão no Estado Novo a tudo o que fosse comunista,e a Uniäo Soviética estava a atacar o seu vizinho,e também pela simpatia natural do pequeno Portugal por outra pequena nação,sobretudo numa época em que as grandes potências mostravam toda a sua gula conquistadora.
Mas o heroísmo dos finlandeses,que evitaram que Staline os integrasse na União Soviética,emocionou a sério muitos portugueses bem intencionados. Hoje uma boa parte da opinião pública finlandesa mostra não estar nada emocionada com a crise que afecta os portugueses.
E se depender de vários partidos,alguns dos quais podem chegar ao Governo nas legislativas de hoje,não haverá solidariedade com Portugal.
A ideia é mesmo não participar no resgate da dívida portuguesa e quem o defende parece ganhar votos..................(D.N.)
É óbvio que os protestos de cerca de 50% dos finlandeses quanto a mais participações em contribuições económicas de ajuda aos países do Sul da Europa,serão um assunto muito diferente(!),do que foi o auxílio enviado por Portugal do Estado Novo (em géneros e agasalhos),quando a pequeníssima Finlândia (em populacäo de então,cerca de 4 milhões de habitantes),lutava heroicamente,(e com êxito) contra uma Uniäo Soviética incomensuravelmente mais forte.
O contexto actual do auxílio económico terá que ser visto dentro das perspectivas das opiniões públicas da Holanda,Alemanha,Noruega,Dinamarca,Suécia e....Finlândia, que por muito que nos custe ouvir (ou aceitar) se resumem a algumas frases simples como:
"Países cujos Governos säo incapazes de administrar as suas finanças",
"Países cujos Governos CONSCIENTEMENTE,e por expedientes políticos vários,vivem acima das suas capacidades económicas reais",
ou ainda,
 segundo os mais primitivos:
"Países que näo trabalham"!


LAPPLAND TO KEY-WEST
AS VIAGENS SAO OS VIAJANTES.O QUE VEMOS NAO É O QUE VEMOS SENAO O QUE SOMOS

Respigado do Blog de J.Belo kl., ex-combatente da Guiné, que vive há mais de 30 anos na Lapónia.
Embora seja uma postagem de alguns dias atrás não perde oportunidade.

JERO




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