quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

M200-LENDA DOS DOIS RIOS DE ALCOBAÇA

Lenda dos dois rios de Alcobaça (Alcoa e Baça)

Eu vou contar uma lenda

Com um pouco de verdade

A do Rio Alcoa e Baça

Que passam por Alcobaça

Bem no centro da cidade

Há muitos anos atrás

Dois namorados se amavam

Um amor profundo e forte

Separá-los! Só por morte

Um e outro namoravam

Eram os dois "pobrezitos"

Sem vintém para gastar

Ele era ganancioso

E muito ambicioso

Vivia p´ra trabalhar

Por ali passou um homem

A procurar trabalhadores

Ao rapaz ofereceu dinheiro

P´ra trabalhar o dia inteiro

Não esquecendo seus amores

Mas os homens são assim

E ela sentiu-se abandonada

Chorou tanto, tanto, tanto

Sempre lavadinha em pranto

Mas não valia de nada

As lágrimas eram tantas

Mesmo no tempo de estio

Que chorava noite e dia

"Tristinha" e com arrelia

Acabou formando um rio

Mais tarde o rapaz voltou

E a chorar foi para ela

"Que me perdoes te peço

Mas eu sei que não mereço

Ó minha linda donzela"

Como ela o amava muito

E mulher é mesmo assim

Ela lhe disse a chorar

"Contigo quero casar

Não te separes de mim"

E os dois tanto choraram

Num abraço longo e sentido

Que dois rios se formaram

Das lágrimas que brotaram

P´ra lembrar o sucedido

No baptismo desses rios

Ouve dois nomes com graça

Venha aí quem me desdiga

Que o rapaz e a rapariga

Se chamavam Alcoa e Baça

Histórias que não esquecem

P´ra contar a quem lá passa

Que estes dois rios deram

Logo assim que nasceram

O nome a Alcobaça

E "quem passa por Alcobaça

Não passa sem lá voltar"

Foi por isso que o Alcoa

Saiu p´ra ganhar "coroa"

Mas um dia quis voltar

Se uma lenda tem verdade

O afirmo de coração

Talvez seja bem por isso

Não quebrando o feitiço

Ainda é "Terra de Paixão"

De: Áurea da Mata

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