domingo, 10 de janeiro de 2010

M159- ALCOBAÇA TERRA DE PAIXÃO



ALCOBAÇA de meados do século XIX até aos anos 60 do século XX
Saídos os monges de Alcobaça, foi o seu espólio partilhado pelas famílias mais influentes.
As quintas em redor da Vila e a cerca do Mosteiro passam para as suas mãos tendo esta sido destruída no decorrer dessa apropriação.
Hoje quase não existe vestígios visíveis, embora se possa inferir o seu traçado pelos limites de propriedade e também através de construções mas recentes, feitas sobre alicerces anteriores.
A Vila como estrutura ou forma de existência social, surge com a extinção do Mosteiro como instituição. A sua expansão inicia-se no final do século XIX e até 1957 a um ritmo lento mas regular, segundo as linhas de desenvolvimento intimamente ligadas aos principais acessos da vila e às margens dos rios Alcoa e Baça.
Na final do século XIX, o baldio da Roda, espaço de terra triangular entre a Quinta da Gafa e a Quinta da Cova da Onça, começa a ser urbanizada com pequenas moradias unifamiliares para operários.
Em 1890, “do portão da Gafa para cima “.
Em Setembro de 1891, lia-se no jornal de Alcobaça: “ as edificações urbanas do Bairro da Roda vão seguindo regularmente”.
Durante apenas quatro anos nos surgiram três dos principais edifícios que houve nesta zona: a Praça de Touros (1888),o Hospital da Misericórdia ( 1890) e o palácio do conselheiro Ferreira da Cunha ( 1892).
Destes resta-nos hoje o Hospital, tendo os outros sido demolidos nos últimos anos tal como a Capela da Senhora da Paz o havia sido em 1911.
Pouco depois, em 1915, dá-se também a demolição da Igreja Nova, existente no Rossio, e que veio a ser substituída , por dois edifícios dos correios.
A Quinta da Gafa, era ainda nos anos 30 o que fora no início do século. Adquirida em Março de 1932 pelo Município, que tem ai a sua sede desde 1948 teve a designação de Parque Municipal, embora continuasse a ser conhecida pela Gafa, nome que provem da presença ai de uma gafaria em tempos passados.
O seu aproveitamento urbano começa no final da década de 40 com a transferência da Câmara Municipal, do edifício do Mosteiro para a casa do antigo proprietário. No entanto, essa ocupação só se afirma definitivamente a partir de 1962 com a construção de vários prédios de habitação e equipamento colectivo dos quais se destaca o mercado, o parque de campismo e o campo de Futebol.
A Quinta do Lameirão, entre a Levada ( braço do Alcoa desviado pelos frades) e a Quinta da Cova da Onça era um belo jardim formado por alamedas de chorões e acácias e lugares onde a população lavava a roupa no principio do século, transformou-se hoje num aglomerado urbano que não respeitou os valores históricos como é o caso do lavadouro publico da Levadinha.
A Quinta da Cova da Onça, a Quinta da Conceição, Quinta do Telheiro do lado nascente , a Quinta do Cidral, a Quinta de Nossa Senhora de Lourdes pelo lado poente, são uma vasta área de antigas granjas que ainda hoje mantém grande parte das características agrícolas do tempo dos frades e que confere o enquadramento rural do Mosteiro como centro de um vasto domino – os Coutos – sobre o qual se exercia o seu senhorio territorial, político e espiritual.
A Quinta da Fonte Nova, era ainda há poucos, uma agradável zona verde da vila, à sombra de cujas arvores os alcobacenses passavam, com o pretexto se ir buscar água à Fonte Nova, nas noites quentes de verão. O chalé desta Quinta, Chalé da Encarnação, existe ainda.
ALCOBAÇA de meados do século XIX até aos anos 60 do século XX
Saídos os monges de Alcobaça, foi o seu espólio partilhado pelas famílias mais influentes.
As quintas em redor da Vila e a cerca do Mosteiro passam para as suas mãos tendo esta sido destruída no decorrer dessa apropriação.
Hoje quase não existe vestígios visíveis, embora se possa inferir o seu traçado pelos limites de propriedade e também através de construções mas recentes, feitas sobre alicerces anteriores.
A Vila como estrutura ou forma de existência social, surge com a extinção do Mosteiro como instituição. A sua expansão inicia-se no final do século XIX e até 1957 a um ritmo lento mas regular, segundo as linhas de desenvolvimento intimamente ligadas aos principais acessos da vila e às margens dos rios Alcoa e Baça.
Na final do século XIX, o baldio da Roda, espaço de terra triangular entre a Quinta da Gafa e a Quinta da Cova da Onça, começa a ser urbanizada com pequenas moradias unifamiliares para operários.
Em 1890, “do portão da Gafa para cima “.
Em Setembro de 1891, lia-se no jornal de Alcobaça: “ as edificações urbanas do Bairro da Roda vão seguindo regularmente”.
Durante apenas quatro anos nos surgiram três dos principais edifícios que houve nesta zona: a Praça de Touros (1888),o Hospital da Misericórdia ( 1890) e o palácio do conselheiro Ferreira da Cunha ( 1892).
Destes resta-nos hoje o Hospital, tendo os outros sido demolidos nos últimos anos tal como a Capela da Senhora da Paz o havia sido em 1911.
Pouco depois, em 1915, dá-se também a demolição da Igreja Nova, existente no Rossio, e que veio a ser substituída , por dois edifícios dos correios.
A Quinta da Gafa, era ainda nos anos 30 o que fora no início do século. Adquirida em Março de 1932 pelo Município, que tem ai a sua sede desde 1948 teve a designação de Parque Municipal, embora continuasse a ser conhecida pela Gafa, nome que provem da presença ai de uma gafaria em tempos passados.
O seu aproveitamento urbano começa no final da década de 40 com a transferência da Câmara Municipal, do edifício do Mosteiro para a casa do antigo proprietário. No entanto, essa ocupação só se afirma definitivamente a partir de 1962 com a construção de vários prédios de habitação e equipamento colectivo dos quais se destaca o mercado, o parque de campismo e o campo de Futebol.
A Quinta do Lameirão, entre a Levada ( braço do Alcoa desviado pelos frades) e a Quinta da Cova da Onça era um belo jardim formado por alamedas de chorões e acácias e lugares onde a população lavava a roupa no principio do século, transformou-se hoje num aglomerado urbano que não respeitou os valores históricos como é o caso do lavadouro publico da Levadinha.
A Quinta da Cova da Onça, a Quinta da Conceição, Quinta do Telheiro do lado nascente , a Quinta do Cidral, a Quinta de Nossa Senhora de Lourdes pelo lado poente, são uma vasta área de antigas granjas que ainda hoje mantém grande parte das características agrícolas do tempo dos frades e que confere o enquadramento rural do Mosteiro como centro de um vasto domino – os Coutos – sobre o qual se exercia o seu senhorio territorial, político e espiritual.
A Quinta da Fonte Nova, era ainda há poucos, uma agradável zona verde da vila, à sombra de cujas arvores os alcobacenses passavam, com o pretexto se ir buscar água à Fonte Nova, nas noites quentes de verão. O chalé desta Quinta, Chalé da Encarnação, existe ainda.

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