quarta-feira, 28 de outubro de 2009

M78-MOSTEIRO DE ALCOBAÇA SAQUEADO E INCENDIADO


ACONTECEU DURANTE A GUERRA PENINSULAR

Respigámos de um artigo do historiador alcobacense Rui Rasquilho

William Tomkinson,(1) oficial britânico da Guerra Peninsular, diz que o Mosteiro de Alcobaça foi saqueado e incendiado.
O fogo durou 22 dias diz o militar, que se presume tenha testemunhado o crime.
O Mosteiro a arder. Qual Mosteiro? A Igreja? As Alas Norte e Sul?
Na Igreja poderia ter ardido o Coro Manuelino e talvez cortinas, porque todos os altares chegaram aos nossos dias, incluindo o Altar-Mor e o Órgão, que constam de fotografias do Sec.XIX e do seu desmonte dos anos 30 do Sec.XX.
A Ala Sul ardeu, mas quando? Nas obras de restauro do Sec. XX verificou-se haver cinzas e restos de madeira calcinada e…um botão de uma farda inglesa. Talvez, insisto, talvez o fogo tivesse lavrado aqui.
Como reagiram os alcobacenses perante o invasor e os que se defendiam?
O que terão dito?
Em 1811 o Mosteiro esteve ocupado por desertores, quando Massena acampou durante vários meses na região de Rio Maior-Santarém.

...
Um dia virá a conhecer-se melhor a história de Alcobaça neste período sombrio da Guerra Peninsular, cujo selo mais relevante na memória do saque são os rombos nos túmulos de Pedro e Inês.
O resto perdeu-se na memória das gerações.

Rui Rasquilho

(1) TOMKINSON, Lieut.-Col (William). The Diary of a Cavalry Officer in the Peninsular War and Waterloo Campaign 1809 - 1815 by the Late Lieut.-Col. Tomkinson 16th Light Dragoons. Edited by his son James Tomkinson. Second Edition. LONDON: Sonnenschein & Co. NEW YORK: Macmillan & Co. 1895.

Diario de un testigo ocular durante la Guerra de la Independencia y luego en Waterloo, editado por su hijo. William Tomkinson (1790 - 1872) sobrevivió tres heridas de bala y una de bayoneta en su primera escaramuza en el pueblo de Grijo cerca de Oporto, recuperado sirvió en Ciudad Rodrigo, Badajoz, Salamanca, Burgos, Vitoria y San Sebastián.
'His diary affords just the kind of material that the historian rejoices to posess, and usually finds most difficult to acquire.' (crítica de la la época)
Palau 334 038. Foulché-Delbosc 260. García-Romeral 1652. Farinelli III p.100. Ayres III p354. Dic.Bib.GdI III p.275.

Sem comentários:

Enviar um comentário