domingo, 4 de outubro de 2009

M46- PÔR DO SOL NA TORRE DE BELEM


Torre de Belém
Tirei esta fotografia num final de tarde de Outubro de 2008.
Melhor dizendo tirei uma dúzia de fotografias aproveitando os últimos minutos do sol que, no horizonte, caminhava para outras paragens. Seleccionei esta por ter mais a ver com o meu estado de alma. Minutos antes tinha visitado o Monumento aos mortos do Ultramar, que fica a pouca distância: ente a Torre de Belém e o Forte do Bom Sucesso.
Parei longamente junto do nome do meu melhor amigo dos tempos da Guiné: Álvaro Vilhena Mesquita.Morto em combate em 28 de Dezembro do longínquo ano de 1964.
Três dias depois do Natal e três dias antes de viajar para a Metrópole. Tinha bilhete para as férias do fim do ano na sua terra natal: Vila Nova de Famalicão.
Viajou dias mais tarde no porão do navio “UIGE”. Num caixão.
Quando tirei esta fotografia pensava nele.
JERO

Um pouco de história:
A Torre de Belém foi construída em homenagem ao santo patrono de Lisboa, S. Vicente, no local onde se encontrava ancorada a Grande Nau, que cruzava fogo com a fortaleza de S. Sebastião.Localizada na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém e inicialmente cercada pelas águas em todo o seu perímetro, progressivamente foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra firme, a Torre de Belém é um dos maiores ex-libris de Portugal.Classificada como Monumento Nacional por Decreto de 10 de Janeiro de 1907, é considerada pela UNESCO como Património Cultural de toda a Humanidade desde 1983.O arquitecto da obra foi Francisco de Arruda, que iniciou a construção em 1514 e a finalizou em 1520, ao que tudo indica sob a orientação de Boitaca. Como símbolo de prestígio real, a decoração ostenta a iconologia própria do Manuelino, conjugada com elementos naturalistas. O monumento reflecte ainda influências islâmicas e orientais, que caracterizam o estilo manuelino e marca o fim da tradição medieval das torres de menagem, tendo o primeiro baluarte para artilharia no país. Parte da sua beleza reside na decoração exterior, adornada com cordas e nós esculpidas em pedra, galerias abertas, torres de vigia no estilo mourisco e ameias em forma de escudos decoradas com esferas armilares, a cruz da Ordem de Cristo e elementos naturalistas, como um rinoceronte, alusivos às navegações. O interior gótico, por baixo do terraço, que serviu como armaria e prisão, é muito austero. A sua estrutura compõe-se de dois elementos principais: a torre e o baluarte. Nos ângulos do terraço da torre e do baluarte, sobressaem guaritas cilíndricas coroadas por cúpulas de gomos, ricamente decoradas em cantaria de pedra. A torre quadrangular, de tradição medieval, eleva-se em cinco pavimentos acima do baluarte.
In “Guia da Cidade de Lisboa”

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